domingo, 10 de agosto de 2008

uMA PONTE E DOIS DEGRAUS

O caminho é longo
sempre foi e sempre será
Atravessar um rio que se tem medo
Corrente furiosa!
Viver em uma face chorosa que sempre se viveu
Acostumar-se com a conformidade das amenidades cotidianas
C-O-T-I-D-A-N-O

Só se chega ali (meu real destino), se eu ultrapassar a ponte
Uma ponte posta... Imposta
Devo atravessar?
Um rio forjado, uma travessia fascista
Preciso passar, mas as águas, antes calmas, me afugentam

Um costume que se fixou em mim:
o medo de mudar, ir para o outro lado
Acostumei a viver o que tenho
a sentir o que sinto

Uma ponte, ponto!
Ponto numa ponte
uma ponte pontilhada no imaginário
Depois dos pontos
há a ponte
Surpreendente, mente a ponte
não é só ela que devo vencer
ainda há uma ponte



...e mais dois degraus






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